quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tanran tan tan tantan

Somos tão Sex and the City.

Um amigo diz isto à mesa do bar. Bebemos cerveja em vez de cosmopolitan, estamos numa cidade planejada, e não caótica. Mas depois de alguns copos, tudo pode fazer sentido.

Junto de nós, mais um ouvinte que, ainda incrédulo na afirmação, logo se apresenta como Mr. Big antes que caia sobre ele outra personagem.

Por passados e presentes, o amigo da frase inicial deste texto é Samantha. Um pouco a contra-gosto, mas contra fatos...

Eu sou a Carrie, digo. Claro, todos e todas querem ser a Carrie. A personagem principal, a que usa as roupas mais legais (nem sempre é verdade, mas até isto tem seu charme). A que consegue viver bem em Nova Iorque só escrevendo uma coluna semanal para um jornal. Ah, ficções.

E, sim, ela escreve. Nada profundo, nada poético demais. Mas tudo isto que é cotidiano, como o computador que estraga, o que fazer quando seus sapatos preferidos são roubados ou como deixar o apartamento com uma cara nova.

Poderia ser Miranda, a workaholic. Se não fosse pela mancada de ela engravidar com o idiota do Steve e pelo fato de ela ter aquele look lesbian chic, até passava. Charlote, nem pensar. A que dá título a este blog é outra, mais Johanson e mais Copola. Nada de casamentos com ricos escoceses brochas.

Então, é Carrie mesmo? Claro, afirmo com convicção. Assumo o papel principal, mesmo sabendo que, na verdade, não passamos de vultos na multidão sem trilha sonora. Figurantes que não falam, não olham para a câmera e apenas fingem que tudo está normal, quando alguém grita "ação".