quarta-feira, 3 de abril de 2013

nunca para sempre


Irmã,


Gostaria de lhe dizer que o galho de margarida que pegamos na noite a Iemanjá, Francisca e Baco enraizou, aqui, no meio da sala. Agora está no jardim, vertendo verde e vida de onde parecia improvável. E agora é esperar as fulores florescerem.


(e penso que quando há amor, até um rompimento brusco como quebrar um ramo de flores pode ser bom para multiplicar a vida)


No mais, ando assim agitada. Uma ebulição de que parece que algo está por vir. Uma vontade de dançar. Há muito o que fazer. Façamos, comadre. Façamos.


Hoje, quando voltava do trabalho, vi um homem caído na calçada. Ele tinha os olhos abertos mas não reagia aos muitos passos de estudantes que passavam. Estes sim, olhavam e seguiam. Inclusive eu, que fiquei com medo de ajudar. A que ponto chegamos? 

Feliciano e cia, sinal de guerra nas Coréias, Eike Batista ainda é notícia e eu tenho vontade de gritar.


Mas ainda fico assim, ebulindo. (no bubu bulindo).


Vamos então em busca da beleza, da poesia e da criação, porque essa tal realidade está chata demais.

Amor,