segunda-feira, 28 de maio de 2007

Distraindo a vida

Eu fumo para distrair a vida.


Disse-me um senhor um pouco perturbado mentalmente em uma manhã preguiçosa. Dessas em que tudo o que você quer é que seu ônibus chegue logo para poder fugir dos desconhecidos que insistem em fazer novos amigos a cada oportunidade.


Distraindo a vida estava ele. E lá fui eu martelando isto na minha cabeça avoada. Catando caquinhos de frases de efeitos dos outros para tentar encontrar assim, jogado na rua, algum sentido ou iluminação que possa, quiçá, render um belo post ou apenas um sorriso no canto da boca.


Mas faz algum sentido.


O sujeito fumava um cigarro atrás do outro. E a vida claramente ia se preocupar com isso. Fazer brotar ali um câncer ou, no mínimo, um pigarro constante na garganta. Enquanto isto, o nosso herói ocupava minha cabeça com frases sem sentido e afirmações existencialistas de ordem duvidosa.


Ok, você venceu. Eu peguei a isca, e continuo a pescar detalhes na vida alheia que possam clarear um pouco estas manhãs preguiçosas que sempre surgem, uma após a outra.

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