quarta-feira, 26 de março de 2008

I show some love and respect / dont wanna get a life of regret (NARC - Interpol)

Nos longínquos anos 80 o hit das séries era Barrados no Baile.
Naquela época em que TV a cabo era quase uma raridade (pelo menos no circulo social) e as opções eram tão limitadas, Barrados no Baile era assim o must no quesito programa para jovens impulsivos e impetuosos.

Bem, eu era uma criança. Só me lembro de algumas partes, como o topete do Brendon, a despedida da Brenda (que, aliás, tinha sido despedida da série) e a Donna que tinha um visu meio chocante pra mim naquela época.

Mas um episódio marcou. Um em que o Brendon tinha uma nova namorada, os dois viviam juntos pra cima e pra baixo e um dia, depois de terem dormido juntos (é, eu pensava que eles dormiam juntos, não transavam), a moçoila fala: Eu te amo.

Os dois fazem um silêncio assim meio constrangedor e ela fala, meio sem jeito; Ah, quer dizer, não amo. Quer dizer, amo.Ai, deixa pra lá.

Bem, foi algo do tipo. Ele fica meio sem graça, ajeita o topete, sai e já no final desse episódio os dois estão separados.

O que a pequena aqui deveria ter aprendido? Nunca, nunquinha, NUNCA, diga que goste de alguém. Você vai se dar mal. Ele vai se sentir pressionado, vai achar que vai te magoar ou vai só pensar: Fudeu, só queria me divertir e logo ela vai querer casar.

Deveria ter aprendido.

Mas eu acho que gostar é algo tão amplo e simples.
Eu gosto de chocolate, mas não trocaria uma refeição inteira por uma barrinha de meio-amargo.
Eu gosto de filmes europeus, mas me diverti vendo As Branquelas na Tela Quente.

Não é tão dramático assim, é? Por que a gente tem que se sentir culpada quando lembra de uma pessoa no caminho de casa? Por que eu não posso dizer pro fulaninho: Oi gato, eu gosto de você. Vamos alugar uns filmes? É simples, não precisa casar comigo, nem prometer nada, nem dizer um Eu também chocho. Só queria que você soubesse porque, se fosse o contrário, eu ia gostar de ficar sabendo.

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