terça-feira, 20 de setembro de 2011

Re: Cidades Invisíveis

Querida Tangerine,

Que delícia de correspondência. Ainda ontem li nas redes sociais uma frase que atribuiam ao Oscar Wilde que era mais ou menos assim: "Não importa o quão distante estejamos um do outro, sempre haverá um céu nos unindo”. Não acredito que o Wilde tenha mesmo escrito isso, mas bom, era isso que sua carta me transmitiu. Minha amiga, comadre, florzinha, minha irmã. Uma ligação etérea de almas que vão perambulando por aí mas sempre se encontram. Ah, se encontram sim.
Muitos cigarros, capuccinos e janelas não me fazem ver as coisas tão ordeiras assim. Parece que por trás de um bom enredo tem muito remendo e improvisação. Sabe, entrei nessas de querer ser mais profunda e estou estudando a contemporaneidade. E sabe o que encontrei? Que nesses tempos sem certezas parece que o acaso é ainda a melhor aposta. Tenho que aprender a ser leve assim, Tangerine. Como fazer para não tropeçar nos fios dos próprios planos? Ou não deixar que o futuro se instale bem na frente do presente? Já tem contei que os meus ídolos atuais tem todos mais de 70 anos? Sim, Roberto Carlos inclusive. Acho que tem algo maravilhoso que vem com a idade. E de repente, tenho vontade de já ser velha e ver o fim na próxima esquina para, quem sabe, saber o que se passou.
Como está o céu por aí?

Amor, Amor,

Celine

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